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Sistema monetário é ensinado em forma de game   

Atividade trabalha matemática, como fração e porcentagem 

 Por: Comunicação Regional
04/11/202410:06- atualizado às 12:39 em 04/11/2024

Cada atividade realizada na escola vale um ponto, que ao final de cada dia é "convertido para dinheiro". A cada 15 dias, tudo o que foi conquistado e poupado pode ser trocado por brincadeiras. Esse é um resumo de um projeto detalhado, desenvolvido por uma professora de educação básica I, no Sesi Jacareí. 

No início do ano, Márcia Regina Pereira teve a ideia de estimular o bom convívio escolar, especialmente em sala de aula. Para atrair a atenção dos alunos, ela criou um sistema de pontuação para as atividades. Por exemplo: se a turma se comportou durante a aula, ganha um ponto. 

"Propus para eles este game: vamos ver quem vai se comportar, os meninos ou meninas. Colocava no canto do quadro as aulas e ia pontuando", conta a professora. 

Foto: Divulgação

 

A atividade foi desenvolvida com 32 alunos do 4º ano do ensino fundamental. Com o tempo, e incentivada pelo material didático, o sistema de pontuação evoluiu para um projeto prático sobre o uso do dinheiro. "Eles acham que tudo se resolve com o cartão", brinca Márcia.  

No currículo do quarto ano, os livros propõem o ensino do sistema monetário, frações e números decimais. "Cada ponto passou a valer R$2. A primeira coisa que fizemos foi esta carteira, uma poupança onde eles podem ver o histórico do que ganharam e gastaram", explica. 

Além de um envelope onde as cédulas de brinquedo são guardadas, cada grupo possui uma espécie de "livro de contabilidade", onde o saldo, os ganhos e os pagamentos são anotados e atualizados diariamente. A cada 15 dias, a professora monta uma "loja" de brincadeiras, oferecendo opções como brincar no parque, jogar futebol, brincar com bolinha de gude ou de corda. Cada atividade tem um valor específico. 

 

Foto: Divulgação
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"Estávamos estudando fração, então ofereci apenas metade do tempo da brincadeira. Eles precisam calcular o custo disso. O preço que anuncio é o cheio", explica. Os "produtos" são apresentados em uma tabela, que os alunos analisam atentamente. Eles vão até o quadro, anotam e fazem várias contas antes de tomar uma decisão. 

"Fiz essa tabela para que eles entendam o que é à vista e a prazo, porque eles vão ser cobrados disso. O livro, por exemplo, pede isso, mas eles não vivenciam. Sempre quis trazer essa experiência para a sala", comenta. 

Além do bom convívio em sala, o sistema de pontuação considera também outros aspectos, como o hábito de leitura e o desperdício durante as refeições na escola. A cada 15 dias, como recompensa, as crianças podem converter o saldo em brincadeiras, realizadas no Centro de Atividades da unidade. 

 

Foto: Divulgação
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